UNPACKING #22 — Luiza em Shellharbour & o poder de se colocar em primeiro lugar 💫
✨ pra começar, uma reflexão ✨
“Quanto mais eu estiver bem, conectada comigo e fazendo aquilo que me preenche, melhor médica, pessoa, amiga, namorada e filha eu sou.”
Essa frase da Lu ficou ecoando em mim. Primeiro porque me fez pensar em como a cultura médica — e muitas vezes a cultura do trabalho em geral — ainda valoriza demais a ideia de “dar a vida” pela profissão. E que loucura isso, né? Justo em uma área que fala tanto sobre saúde e bem-estar.
A verdade é que a gente já sabe o que faz bem: se exercitar, descansar, ter hobbies, rir, se alimentar bem, se sentir feliz. Mas, no corre do dia a dia, essas coisas acabam ficando em segundo plano. E o resultado é que a gente fica mais cansado, ansioso, desconectado — com a gente mesma e com os outros.
Tenho pensado muito nisso nos últimos tempos. No meu relacionamento com o Cadu, por exemplo, essa ideia de que precisamos estar felizes e realizados individualmente pra estarmos bem juntos é um dos nossos pilares. Foi isso que nos levou a morar separados por boa parte da nossa história. E, apesar de difícil, foi o que fortaleceu ainda mais nossa relação — porque ficamos mais fortes sozinhos e, consequentemente, mais fortes juntos.
Essa semana, acordei ansiosa em dois dias seguidos. Tinha várias coisas pra resolver — e todas dependiam apenas de mim. Minha primeira reação foi pular o yoga, porque achava que precisava resolver tudo logo. Mas quando sentei na frente do computador, minha cabeça tava a mil, o coração acelerado, aquele desconforto no corpo. Percebi que não ia funcionar daquele jeito. Fui pro yoga. Me coloquei em primeiro lugar.
E foi a melhor decisão. Voltei, tomei banho, comi e comecei a trabalhar nas coisas com a cabeça muito mais centrada — os pensamento no lugar, sabe? Consegui fazer o que precisava e ainda terminei o dia com um vinhozinho com a Marina. ✨
Tudo isso pra dizer que eu acho que, quando a gente se prioriza, tudo flui melhor. E quando estamos bem com a gente mesma, somos muito melhores com quem tá em volta também. 🦋
✨ com vocês, Luiza em Shellharbour ✨
A Lu é de Brasília, mas morou por anos em Floripa. É médica formada em Medicina Funcional Integrativa e hoje vive em Shellharbour, uma cidadezinha na Austrália com menos de 80 mil habitantes, onde está fazendo um PhD em Neuropsiquiatria e Conectividade Cerebral. 🧠🇦🇺
No nosso papo, a gente falou sobre a decisão de se mudar pra Austrália, sobre os estudos, a rotina por lá, a cultura local e os planos pro futuro.
A Lu também tem um um podcast super legal onde ela fala sobre medicina endocanabinoide, funcional e integrativa — sempre com esse olhar de cuidar do corpo, da mente e da alma. ✨
E no Instagram, ela também mostra tanto sobre a vida dela por lá quanto conta também sobre os estudos e trabalho. É bem maravilhoso, vale seguir ela por lá. 💖
Alguns destaques do papo:
“Acho que estamos sempre unfolding versões diferentes de nós mesmas.”
“Na Austrália foi o primeiro lugar que eu tive contato com uma cultura médica diferente — muito mais alinhada com o que eu acredito e que eu quero viver.”
“A segurança daqui é muito importante (...) eu consigo simplesmente ser eu.”
“Eu entendi que eu precisava estar em um local que pudesse me proporcionar esse estilo de vida mais slow, mais conectado com a natureza e que eu pudesse fazer as coisas mais no meu tempo.”
“A gente é culturalmente ensinada que temos que nos encaixar em uma caixa, mas a gente é tantas coisas.”
✨ Lu indica ✨
📚 um livro:
A Paciente Silenciosa
📺 uma série:
The White Lotus
🎶 uma música:
Unwritten — Natasha Bedingfield
👩🏼🍳 uma receita:
A maior dica da Lu aqui foi comprar uma slow cooker para fazer qualquer tipo de carne (eu mesma não conhecia e já fiquei com vontade haha) outra dica foi para qualquer vegetal verde escuro: ralar um pouco de limão siciliano em cima.
🇦🇺 uma coisa que quem visitar Shellharbour precisa fazer:
Mergulhar com os tubarões em Bushrangers Bay.
👎🏼 e o que não fazer, um programa roubada:
”É uma cidade tão pequena que acho que não tem pega turista.”
✨ o que eu tenho visto e gostado ✨
📺 Eu tava meio receosa de começar a assistir a nova temporada de Black Mirror porque pensei “sétima temporada… difícil vir coisa boa”. E ainda mais com o foco em IA, pensei que ia ser meio mais do mesmo. Mas vou falar que tô curtindo BASTANTE. O primeiro episódio é super intenso e, infelizmente, super atual em vários pontos. E o melhor: Descobri que foi dirigido por uma mulher chamada Ally Pankiw. Pesquisando sobre ela, vi que ela escreveu um filme que estreou em um SXSW e tá no Netflix (pelo menos aqui nos EUA) e parece bem legal — chama “i used to be funny”. Aqui pra assistir.
👩🏼🍳 Meu sabor preferido de sorvete é o “Chunky Monkey” do Ben & Jerry’s. E essa receita aqui é tipo uma versão saudável dele!!! Ainda não testei mas quero já fazer por aqui pra ver se fica boa mesmo.
📚 Antes de começar o livro do mês do UNPACKING, li um chamado Deep Cuts, da Holly Brickley (romance de estreia dela!!!). No início, confesso que achei difícil de engajar — talvez porque eu li meio espaçado demais e também porque eu fiquei muito apegada em pesquisar todas as músicas que eles falavam (que são muitas!). Mas quando eu sentei pra ler de verdade eu não consegui mais parar. Me apaixonei pelos personagens e pela história. É uma mistura de Tomorrow, and Tomorrow, and Tomorrow (só que no mundo da música) com Normal People. Se você curtiu esses dois, provável que vá gostar desse também. Ah, e vai sair um filme dele com Austin Butler e Saoirse Ronan. Vale ler antes de estrear — porque, né… o livro é sempre melhor.
✨ para finalizar ✨
Eu to em um momento de buscar próximas entrevistadas pro UNPACKING — que sejam mulheres incríveis, brasileiras, que morem fora do país e em cidades que ainda não entrevistei. 🌎
Você conhece ou segue alguma mulher que ache inspiradora e acredita que seja um bom fit pro podcast? Se sim, comenta aqui nessa news ou me responde esse e-mail? Obrigadaaaa! 🎙️♥️
Por hoje é só, semana que vem eu volto com mais uma mulher em mais uma cidade pelo mundo.
Enquanto isso, se tiverem qualquer sugestão, crítica ou elogio, é só falar comigo. Vou adorar ouvir de vocês!
Um beijo,
Jess